Cinema e TV

10 filmes essenciais de Ingrid Bergman

quinta-feira, agosto 04, 2016


Uma das mais belas, talentosas e inesquecíveis atrizes do século 20, Ingrid Bergman interpretou de princesas a camponesas, e inaugurou uma nova atitude nas telas - espontânea, sem artifícios. Nascida em Estocolmo, a atriz chegou aos Estados Unidos em 1939, e protagonizou grandes clássicos da Hollywood da década de 1940, como “Casablanca” (1942).
Ao longo de sua carreira, Ingrid trabalhou ao lado dos mais renomados diretores de sua época, como Alfred Hitchcock, Ingmar Bergman e Roberto Rosselini, com quem foi casada. A atriz foi seis vezes indicada ao Oscar, tendo vencido por três vezes. Foi, ainda, vencedora de dois Emmys, um Tony, um BAFTA, quatro Globos de Ouro e um César Honorário.
Convidamos Rodrigo Veninno, editor do blog Os Anos Perdidos, a listar 10 filmes essenciais – dentre eles, alguns injustamente esquecidos – de Ingrid Bergman.


Por Rodrigo Veninno, autor convidado

A Mulher que vendeu a Alma (En Kvinnas Ansikte, 1938) – Em “A Mulher que Vendeu a Alma”, Ingrid interpreta uma mulher amarga, líder de uma gangue, que se depara com um acontecimento que mudará sua vida – e sua forma de pensar - para sempre. Em 1941, houve uma refilmagem hollywoodiana deste filme chamada “A Woman’s Face” (Um Rosto de Mulher), com Joan Crawford no papel principal.


Intermezzo (1939) - Refilmagem da versão sueca de 1936, com Ingrid Bergman reprisando o papel da doce professora de piano que se apaixona pelo pai de sua aluna, o violinista Holger (Leslie Howard). “Intermezzo” marcou a estreia da atriz no cinema norte-americano.


Os Sinos de Santa Maria (The Bells of St. Mary’s, 1945) - Neste encantador clássico natalino, Ingrid Bergman interpreta a irmã Benedict, uma freira que entra em conflito com o padre O’Malley (Bing Crosby), sobre a educação das crianças no colégio Santa Maria. Quando o futuro da instituição entra em perigo, ambos têm de deixar as diferenças de lado e lutar juntos para que o colégio não seja demolido.


Mulher Exótica (Saratoga Trunk, 1945) – Neste filme, Ingrid Bergman e Gary Cooper atuam juntos pela segunda vez. A dupla não conseguiu repetir o êxito de bilheteria conquistado anteriormente com “Por quem os Sinos Dobram” (1943), mas a química entre eles continuava inquestionável.
Em “Mulher Exótica”, ambientado no século 19, Ingrid interpreta Clio, a filha ilegítima de um casal de aristocratas que retorna de Paris a Nova Orleans, na intenção de vingar os maus-tratos sofridos por sua mãe pela família de seu pai. Clio também pretende se casar com um homem rico. Mas ela não contava que fosse se apaixonar pelo texano Clint (Gary Cooper), tão ambicioso e vingativo quanto ela.


O Arco do Triunfo (Arch of Triumph, 1948) – Em “O Arco do Triunfo”, Ingrid Bergman atua pela segunda vez ao lado de Charles Boyer (a primeira foi em “À Meia Luz”, pelo qual levou o Oscar de Melhor Atriz). Em Paris, pouco antes da invasão nazista, Ravic (Charles Boyer), um médico refugiado que pratica medicina ilegalmente, salva Joan (Bergman) do suicídio após a morte de seu amante. Assim, os dois iniciam seu romance. 


Joana D’Arc (Joan of Arc, 1948) - Ingrid Bergman declarou diversas vezes que o papel que mais gostou de desempenhar foi o de Joana D’Arc. A atriz interpretou a heroína por duas vezes, a primeira nesta esplendorosa produção hollywoodiana em Technicolor, dirigida por Victor Fleming. Na época, o filme não foi um fenômeno de bilheteria, mas rendeu a Ingrid sua sexta indicação ao Oscar de Melhor Atriz. A atriz desempenhou o papel de Joana D’Arc pela segunda vez na Itália, em 1954, em uma versão musical dirigida por seu marido, Roberto Rosselini.


Stromboli (1950) – O mais emblemático filme da parceria Ingrid-Rosselini: conta a história de Karin, uma lituana que se casa com um pescador italiano (Mario Vitale) para escapar do campo de concentração. Ironicamente, “Stromboli” foi filmado na mesma época em que Anna Magnani, ex-mulher de Rossellini, filmava “Volcano”, que contava com elementos bastante similares ao filme estrelado por Bergman. Comparações foram inevitáveis, mas ambos os filmes não foram bem recebidos. Hoje, “Stromboli” é considerado uma das obras-primas de Rossellini e do neorrealismo italiano.


Viagem pela Itália (Viggio in Italia, 1954) – O último filme da parceria com Rosselini: nele, Ingrid Bergman e George Sanders interpretam um casal em crise que empreende uma viagem pela Itália.


A Morada da Sexta Felicidade (The Inn of the Sixth Happiness, 1958) – Ingrid Bergman foi “perdoada” por Hollywood por seu escandaloso envolvimento com Roberto Rosselini, quando ambos eram casados. A atriz retornou aos EUA e, em 1955, venceu o Oscar por “Anastacia”. Foi uma forma de Hollywood dizer que o que ela havia feito tinha ficado no passado (mesmo Ingrid não precisando de nenhum tipo de perdão ou aprovação).
“A Morada da Sexta Felicidade” é baseado na vida de Gladys Aylward, missionária britânica que salvou a vida de inúmeras crianças chinesas durante a invasão japonesa na China. Por sua interpretação, a atriz foi indicada ao BAFTA e ao Globo de Ouro.


Flor de Cacto (Cactus Flower, 1969) - Quem viu Ingrid Bergman em papéis dramáticos e intensos, se espanta ao vê-la tão engraçada na comédia “Flor de Cacto”, onde divide a cena com Walter Matthau e a estreante Goldie Hawn. Neste filme, Ingrid interpreta Stephanie, uma enfermeira apaixonada pelo patrão Julian Winston (Walter Matthau), um dentista que tem pavor de relacionamentos sérios. Um dia, Julian se envolve em uma enrascada com um de seus flertes e pede que Stephanie finja ser sua mulher.



Foto de abertura: Reprodução

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