O marido Ike Turner, com quem Tina formava a dupla Ike & Tina Turner (Foto: Reprodução) |
O retorno da artista ao cenário musical na década de 80, finalmente divorciada, após anos à sombra de uma relação abusiva com seu cônjuge, revelou sua enorme capacidade de reinvenção e resiliência. Solo, Tina renovou sua sonoridade, sendo diretamente influenciada por nomes como David Bowie e Rolling Stones, criando uma mescla de melodias alegres e românticas, combinadas perfeitamente com sua unicidade vocal.
A idade pode parecer um elemento desimportante no show business atualmente (ao menos no discurso), mas é preciso frisar que eram os anos 80, e se hoje o entretenimento já invisibiliza e exclui os profissionais mais velhos, em especial as mulheres, quanto mais há 30 anos, num mundo muito mais limitado, conservador, machista e misógino.
(Foto: Reprodução) |
O legado de Tina é inegável, ela é uma influência direta para toda uma geração de artistas. Um ícone em todos os sentidos, conseguindo manter sua relevância ao longo das décadas, no contrafluxo de uma sociedade que ainda hoje mantém o “culto à juventude”. Sua luta pessoal contra a violência doméstica, sem romantizações, mostrou que é possível seguir em frente, depois de uma trajetória marcada por abusos.
Sobre o autor:
Lucas Mateus Lima, estudante de história, 22 anos, um fã da música, filmes, algumas séries e, é claro, de todas as coisas relacionadas à cultura de massa das 5 últimas décadas do século 20. Enfim, alguém com gostos bem peculiares, algumas vezes vergonhosos, que vão de A a Z. Além disso, um grande apreciador do leite condensado com biscoito óreo.
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