Tradição, empoderamento feminino e consciência social na moda de Naty Muñoz
sábado, outubro 31, 2015Por Rafaella Britto –
Tradição, empoderamento feminino e consciência social. Soa contraditório quando discutimos moda? Para a peruana Naty Muñoz, não: estilista e consultora de desenvolvimento de produto especializada em tecelagem, Naty apresentou suas propostas interculturais nas passarelas de Paris, conquistando espaço na imprensa mundial. Em busca do genuíno, a pluralidade de sua moda étnica resulta da vasta informação imagética e tecnológica, e do domínio da história, tradições ancestrais e realidade mundial. Líder da APDEPT (Associación Peruana de Diseñadores Especializados em Tejido de Punto), instituição engajada na produção têxtil nacional, transforma seu universo de agulhas e carretéis em ato político, instruindo mulheres em comunidades marginalizadas do Peru. Na contramão da escravização presente na indústria fast-fashion, preza pelo legado das técnicas artesanais.
A estilista e consultora de moda peruana Naty Muñoz - (Foto: Facebook/Reprodução) |
Naty Muñoz promove oficinas têxteis em comunidades marginalizadas do Peru - Cusco, 2013 - (Foto: Facebook/Reprodução) |
Naty Muñoz apresenta coleção desenvolvida em parceria com mulheres tecelãs de comunidades peruanas no evento Ethical Fashion Show - Paris, 2012 - (Foto: Mattheu Granier/Reprodução) |
Coleção "Awicha", que em aymara significa "Espírito Ancestral". Homenagem à sabedoria ancestral indígena - 2010 - (Foto: Facebook/Reprodução) |
Naty Muñoz (última, à direita) promove oficinas de tecelagem para mulheres de comunidades marginalizadas do Peru - (Foto: Facebook/Reprodução) |
Naty Muñoz ensina desenho de moda às mulheres de San Miguel, Cajamarca, Peru - (Foto: Facebook/Reprodução) |
Vivienne Westwood, na coleção Inverno 2014-15, apresenta túnica e motivos inspirados na nação Awajun e Ashaninka - (Foto: Reprodução) |
4 comentários
Que desfiles maravilhosos *-* e o conceito todo é muito digno.
ResponderExcluirEu penso que precisamos sim valorizar as técnicas típicas de cada região, além de servir como o emprego de muita gente (que na maioria das vezes fica à margem da indústria têxtil), também confere uma pluralidade muito grande às roupas e desfiles.
Bjão, Rafa!
Que belo trabalho de resgate e preservação cultural tem essa jovem estilista, Naty Miñoz. Coragem, consciência e talento!
ResponderExcluirMeus parabéns pela entrevista de alto nível, Rafa!
Gostei muito ! Naty Miñoz , consegui mostrar que a sociedade indígena do peru deve ser lembrada e valorizada , pq essa é a verdadeira cultura do povo latino. O puro, o simples, acaba se tornando belo e elegante , sem precisar de luxo capitalista e padrões estadunidenses ou até mesmo o europeu. Belo trabalho Rafa , o seu e o dessa outra estilista! ^_^_ parabéns .
ResponderExcluirGostei muito ! Naty Miñoz , consegui mostrar que a sociedade indígena do peru deve ser lembrada e valorizada , pq essa é a verdadeira cultura do povo latino. O puro, o simples, acaba se tornando belo e elegante , sem precisar de luxo capitalista e padrões estadunidenses ou até mesmo o europeu. Belo trabalho Rafa , o seu e o dessa outra estilista! ^_^_ parabéns !!!
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