Por Rafaella Britto -
Kate Bush figura entre as artistas mais cultuadas do mundo. O produtor musical Fréderic Sanchez disse à Vogue americana: “Como David Bowie, ela pertence a um mundo de artistas dos quais você imediatamente capta o ‘som e visão’.” Sanchez incluiu as canções “Wuthering Heights”, “Breathing”, “Hammer Horror”, “In Search of Peter Pan” e “The Infant Kiss”, nas trilhas sonoras dos desfiles de Primavera 1995 da Marc Jacobs, e Outono 2011, da Miu Miu. “Sem ouvir”, disse ele, “você já consegue sentir o lado poético e inspirador das músicas dela só nos títulos”.
Cantora personalíssima, Kate Bush considera a moda parte de sua comunicação visual, e suas roupas auxiliam na construção da atmosfera lúdica e teatral de suas performances.
Kate Bush figura entre as artistas mais cultuadas do mundo. O produtor musical Fréderic Sanchez disse à Vogue americana: “Como David Bowie, ela pertence a um mundo de artistas dos quais você imediatamente capta o ‘som e visão’.” Sanchez incluiu as canções “Wuthering Heights”, “Breathing”, “Hammer Horror”, “In Search of Peter Pan” e “The Infant Kiss”, nas trilhas sonoras dos desfiles de Primavera 1995 da Marc Jacobs, e Outono 2011, da Miu Miu. “Sem ouvir”, disse ele, “você já consegue sentir o lado poético e inspirador das músicas dela só nos títulos”.
Cantora personalíssima, Kate Bush considera a moda parte de sua comunicação visual, e suas roupas auxiliam na construção da atmosfera lúdica e teatral de suas performances.
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| (Foto: Reprodução) |
Nascida em Londres, em 30 de julho
de 1958, Kate foi descoberta ainda durante a adolescência pelo gigante do rock David Gilmour, que a ajudou a financiar suas primeiras fitas demo. Bush frequentou
aulas de mímica, canto, música, dança e interpretação e, em 1978, aos 19 anos, lançou seu primeiro álbum, o aclamado “The Kick Inside”.
A “vida de celebridade” não lhe apetecia e, após a turnê de 79, retirou-se do show business, a fim de reencontrar-se como artista. Muito se especulou acerca de sua reclusão, e suas aparições públicas ocasionais granjearam-lhe a fama de “louca excêntrica”. Bush ressurgiu aos palcos em 2014, 35 anos mais tarde, para a série de shows “Before the Dawn”, em Londres, e não é de se espantar que os ingressos tivessem sido esgotados em pouquíssimo tempo.
A “vida de celebridade” não lhe apetecia e, após a turnê de 79, retirou-se do show business, a fim de reencontrar-se como artista. Muito se especulou acerca de sua reclusão, e suas aparições públicas ocasionais granjearam-lhe a fama de “louca excêntrica”. Bush ressurgiu aos palcos em 2014, 35 anos mais tarde, para a série de shows “Before the Dawn”, em Londres, e não é de se espantar que os ingressos tivessem sido esgotados em pouquíssimo tempo.
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| (Foto: Reprodução) |
Ao longo de sua carreira, foram 12 álbuns lançados, de 1978 a 2011. Muito embora a indústria pop tenha
sofrido mudanças consideráveis em 35 anos, Kate Bush reascendeu ao estrelato
como ícone da moda. O timbre agudo da cantora e sua atitude criativa inspiram as coleções de grifes como Gucci, Chanel, Céline, Alexander McQueen, Isabel
Marant, Louis Vuitton e Thom Browne. “Bush [não tinha] e não tem uma fórmula
como a maioria das estrelas pop que hoje conhecemos como ícones de moda”, disse
o designer de som Michel Gaubert à Vogue americana. “Ela nunca precisou
endossar uma marca, um designer, uma bolsa hit. Ela era uma mulher dona de si,
jogando seu próprio jogo.” Kim Jones, da Louis Vuitton, acrescentou: “Ela é um
ícone porque nunca seguiu ninguém. Ela fazia as coisas porque
acreditava nelas. E isso é inspirador”.
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| Kate Bush em photoshoot do videoclipe de "Wuthering Heights", 1979 (Foto: Reprodução) |
Wuthering Heights
A clássica "Wuthering
Heights", de 1978, foi inspirada no romance de mesmo título (no
Brasil, "O Morro dos Ventos Uivantes"), de Emily Brontë. A
música rendeu a Kate o título de "a primeira
mulher a conquistar o topo das paradas norte-americanas com uma canção própria". Sobre o sucesso instantâneo, a cantora afirmou: “De repente foi um trabalho sem
parar. Eu suspendi 16 meses daquilo e disse: olha, eu tenho que parar, ou
não serei capaz de escrever mais canções”.
Na primeira versão do videoclipe, Kate dança expressivamente, tendo atrás de si um fundo escuro, onde se vê com seus fantasmas. Com cachos pré-Rafaelitas e vestido rendado de modelagem fluida, Kate Bush é a personificação de uma dama do século 18, e vive um de seus mais memoráveis momentos fashion.
Na primeira versão do videoclipe, Kate dança expressivamente, tendo atrás de si um fundo escuro, onde se vê com seus fantasmas. Com cachos pré-Rafaelitas e vestido rendado de modelagem fluida, Kate Bush é a personificação de uma dama do século 18, e vive um de seus mais memoráveis momentos fashion.
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| Figurino de Kate Bush no videoclipe da música "Wuthering Heights", de 1978 - (Foto: Reprodução) |
Numa segunda versão de “Wuthering
Heights”, Kate usa um vestido vermelho com cinto preto, que se contrasta com o cenário enevoado de árvores e colinas. O look é arrematado por flores
presentes nos acessórios do pescoço e cabelo. Na maquiagem, sombras coloridas e
olhos demarcados por linhas escuras acentuam o aspecto onírico da performance.
Lionheart
Em seu segundo álbum, "Lionheart" (1979), é possível desfrutar de um lirismo poético mais maduro, diferente daquele dos anos de adolescência - muito embora Kate tenha desaprovado o resultado final da obra. "Lionheart" lançou os singles "Hammer Horror" e "Wow". A fotografia de capa mostra Bush em um sótão, vestida em um figurino de leão descrito por ela como "ligeiramente cômico". A foto é de Gered Mankowitz.
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| Capa do disco "Lionheart" (1979) Foto: Gered Mankowitz |
Hammer Horror
"Hammer Horror", canção-single do álbum "Lionheart", homenageia a companhia cinematográfica Hammer Films Productions, célebre entre os anos de 1955 e 1979 por realizar grandes clássicos do terror. A música narra a história de um ator que decidiu fazer o papel principal em "O Corcunda de Notre Dame", substituindo o ator original, que havia morrido. O narrador da história (Kate), cheio de culpa, termina sendo assombrado pelo fantasma enciumado do ator original (no clipe interpretado por um amigo de Kate). No clipe, Kate Bush usa um vestido total-black de decote enviesado e modelagem anos 40. A cantora conquista ares vampirescos por seus cabelos ruivos frisados e chapéu de véu.
Babooshka |
| Kate Bush no videoclipe de "Hammer Horror" (1979) (Foto: Reprodução) |
Segundo Bush em entrevista
ao programa de televisão australiano Countdown, a música “Babooshka” narra
a crônica de uma mulher que deseja testar a lealdade de seu marido. Para tal,
adota o pseudônimo Babooshka e envia cartas ao companheiro, passando-se por uma
mulher mais jovem. O plano é arruinado quando Babooshka decide encontrar-se com
ele, que está particularmente atraído pela mulher jovem. Babooshka destrói o
relacionamento com sua paranoia. “Eu tenho certeza que ouvi sobre isso num
programa de TV há uns anos atrás, quando eu era criança”, disse Bush. “Você
sabe, esses jornais da BBC. Eu acho que é uma coisa extraordinária de se
fazer... Por isso eu achei fascinante”.
Uma ilustração de Chris Achilleos serviu de base para a criação do figurino – e certamente teria sido a criação de Alexander McQueen para alguma super heroína.
Uma ilustração de Chris Achilleos serviu de base para a criação do figurino – e certamente teria sido a criação de Alexander McQueen para alguma super heroína.
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| À esquerda, ilustração de Chris Achilleos que serviu de inspiração para o figurino de Kate Bush no videoclipe de "Babooshka" (à direita), de 1980 (Foto: Reprodução) |
Lançadora de tendências, Kate
Bush contribuiu significativamente para a popularização dos cabelos volumosos
durante a década de 1980, e está no painel de inspirações do
cabeleireiro de Florence Welch. Muito antes de Britney Spears deixar todos
caídos com seu macacão transparente em “Toxic”, Bush já se apresentava nos palcos
vestida em macacões de elastano adornados de brilhos.
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| (Foto: Reprodução) |
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| (Foto: Reprodução) |
Kate trouxe para o estilo boho um ligeiro toque oriental, com franjas e quimonos.
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Em dias frios Bush não abandona os cardigãs, trench coats, suéteres, camisas xadrezes flaneladas e suas fabulosas botas vermelhas de cano alto.
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| (Foto: Reprodução) |
Fotografias raras revelam
a musa de um jeito ‘normcore’.
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| (Foto: Reprodução) |
Para celebrar o retorno da personalíssima aos palcos, a BBC produziu o documentário “Running Up That Hill”, que
conta com depoimentos de fãs e amigos de Kate Bush, como David Gilmour, Peter
Gabriel, John Lydon, Tori Amos, Big Boi (OutKast), Tricky e Neil Gaiman.
1 comentários
Lindo blog, conteúdos muito interessantes.. Adorei fazer a visita.. Estou seguindo, segue la o meu tbm .. Bjos e Obg..
ResponderExcluirhttp://todaindelicadaa.blogspot.com.br/