Cinema

10 filmes da década de 1920 para os amantes de moda

quarta-feira, novembro 25, 2015

Por Rafaella Britto

Alla Nazimova em "Salomé" (Charles Bryant, 1923) - (Foto: Reprodução)

A década de 1920 foi notadamente marcada pelo espírito de liberdade: livres dos espartilhos, do conservadorismo das normas vitorianas e da austeridade da Primeira Guerra Mundial, as mulheres eram livres para fumarem, beberem, dançarem jazz, tango e samba, dirigirem seus próprios carros, terem seus empregos fora dos lares e praticarem o sexo esportivo; era o charme das melindrosas (como eram conhecidas no Brasil as flappers, jovens consumistas de silhuetas tubulares e cabelos curtos à la garçonne). O cinema, através de seus ícones de beleza, refletiu os aspectos estéticos e comportamentais da geração de 1920. Da comédia a ficção científica, conheça 10 filmes fashion dos chamados “Anos Loucos”.


Flaming Youth (John Francis Dillon, 1923) – O drama “Flaming Youth” afirmaria o arquétipo da flapper como movimento comportamental característico da juventude de 1920: Colleen Moore interpreta Patricia, uma adolescente que atrai a atenção de Cary Scott (Milton Sills), ex-amante de sua mãe, já falecida. O filme, baseado no romance homônimo de Samuel Hopkins Adams, é considerado parcialmente perdido, porém os onze minutos restantes pertencem a Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos e estão disponíveis no YouTube (vídeo abaixo).
Muito embora este não fosse o primeiro filme a abordar a figura da flapper sensual, “Flaming Youth” foi o primeiro a penetrar o espírito americano, tendo como protagonista uma atriz em ascensão (Moore). O livro de Samuel Hopkins Adams causou escândalo por sua temática erótica, cujos elementos foram encobertos no filme e ganharam uma roupagem de humor.
Moore detinha feminilidade e delicadeza, lançou moda com suas saias curtas e pérolas, e popularizou os cabelos curtos. Segundo F. Scott Fitzgerald: “Eu fui a centelha que acendeu Flaming Youth, Colleen Moore foi a tocha. Que coisas pequenas nós somos por causar todo esse problema.”




Salomé (Charles Bryant, 1923) – O filme-arte “Salomé”, estrelado pela polêmica atriz russo-americana Alla Nazimova, é uma das primeiras adaptações cinematográficas do relato histórico da princesa Salomé, apontada no Novo Testamento bíblico como a responsável pela execução do profeta João Batista (Mateus 14:1-11; Marcos 6:17-28). A película de Charles Bryant é baseada na tragédia teatral em um ato, de autoria de Oscar Wilde. Considerado promíscuo para sua época, o filme foi exibido nos anos de 1989 e 1990 em festivais de cinema LGBT da cidade de Nova York.
“Salomé” encaixa-se no que o roteirista Irving Shulman descreve em seu livro “Valentino – A Morte do Amante”, como “a religião barroca do mundo extravagante do filme”: a magnífica cenografia e figurinos são de autoria da estilista e diretora de arte Natacha Rambova (à época, esposa do ator Rodolfo Valentino). As vestimentas glorificam aspectos andróginos dos atores, e foram inspiradas nas ilustrações de Aubrey Beardsley para uma das primeiras edições impressas da peça de Oscar Wilde.
No início de 2015, foi encontrado na Geórgia o baú secreto da atriz Alla Nazimova, que continha itens de suas produções no cinema e nos palcos da Broadway. Entre as peças encontradas, estava a coroa de pérolas desenhada por Natacha Rambova para Salomé.
Lady Gaga, certamente, buscou inspiração na Salomé de Rambova para a arte de capa de seu disco “The Fame Monster” (2009).




A Carne e o Diabo (Clarence Brown, 1926) – Ponto-auge da carreira de Greta Garbo no cinema mudo, o melodrama “A Carne e o Diabo” (Flesh and the Devil) percorre o triângulo amoroso entre dois melhores amigos, Leo van Harden (John Gilbert) e Ulrich von Eltz (Lars Hanson), e o amor de ambos pela misteriosa Felicitas (Garbo). O dramático guarda-roupa de Felicitas é de autoria do designer hollywoodiano André-ani.
No livro “Creating Illusion – A Fashionable History of Hollywood Costume Designers” (Turner Classic Movies), de Jay Jorgesen & Donald L. Scoggings, André-ani relata as objeções da atriz sueca na hora de se vestir: “Eu tive um pouco de dificuldade com Greta Garbo. É muito difícil fazer as coisas para ela. Ela é uma figura difícil; tem ideias estabelecidas e algumas muito estranhas. Tem muitas cismas. Não usará nada que tenha pele, absolutamente nada. Ela gosta de se exibir, com pulseiras e colares bizarros. Gosta de saias curtas quando poderia usar saias longas”.
A aversão de Garbo por veludo constituiu um enorme desafio particular para André-ani, que “dependia de veludos, brocados e materiais fluidos para esconder as imperfeições de uma atriz”.



It (Clarence G. Badger e Josef von Sternberg, 1927) – “It” (traduzido no Brasil como “O não sei que das mulheres”) consagraria Clara Bow como a primeira ‘it girl’ de toda a história: a comédia romântica narra as aventuras da vendedora Betty Lou Spence (Clara Bow), que nutre uma quedinha por seu charmoso chefe, Cyrus Waltham Jr. (Antonio Moreno). Embora pertençam a classes sociais distintas e ele já esteja noivo da socialite Adela Van Norman (Jacqueline Gadsen), Betty fará de tudo para conquistá-lo.
O roteiro foi baseado em uma novela da autora britânica Elinor Glyn, porém já em 1904, o autor Rudyard Kipling, em seu conto “Mrs. Bathurst”, descrevia o conceito de ‘it’ (que pode ser traduzido como ‘aquilo’): “It não é beleza, por assim dizer, e nem boa conversa necessariamente. É apenas ‘it’. Algumas mulheres ficarão na memória de um homem se simplesmente descerem a rua uma vez”. Em fevereiro de 1927, a revista Cosmopolitan publicou um conto dividido em duas partes, no qual Elinor Glyn define ‘it’ como: “Aquela qualidade que alguns possuem, que atrai a todos os outros com sua força magnética. Com ‘it’ você conquista todos os homens, se for uma mulher, e todas as mulheres, se for um homem. ‘It’ pode ser uma qualidade da mente ou uma atração física.”
“It” tornou Clara Bow atriz querida e desejada, e ícone de estilo: lançou a moda dos penteados enfeitados por lenços e inspirou a criação da personagem Betty Boop. Os figurinos são de autoria do estilista norte-americano Travis Banton. Banton é também autor da silhueta de Marlene Dietrich em “Morocco” (1930) e em “Expresso de Xangai” (1932), e vestiu, ainda, outras renomadas atrizes como Carole Lombard, Irene Dunne e Kay Francis. “It” contribuiu significativamente para a popularização do conceito do “pretinho básico”: munida de tesouras e agulhas, Betty Lou transforma seu casual vestido preto para o dia-a-dia em um bonito vestido de noite – sendo esta a primeira cena de customização e reforma de uma peça de roupa no cinema.
Na edição de maio de 1936 da revista Photoplay, o repórter Julie Lang Hunt, amigo pessoal de Travis Banton, publicou uma reportagem especial em que o designer fala sobre o desafio de vestir Clara Bow:

“Após o sucesso recorde de ‘It’, quando Clara Bow se tornou praticamente uma ditadora da moda jovem americana, Banton decidiu que alguma coisa drástica precisava ser feita com as roupas dela.
Ele começou sua campanha no provador, claro. Clara gentilmente permitiu a ele que a vestisse com coisas extraordinariamente requintadas. Ela concordou quando ele baniu seus amados braceletes e meias.
Ela cantarolava enquanto Banton trabalhava fervorosamente em cima dela. E quando ela estava pensativa, recitava poemas de Robert Service por horas.
Banton tolerava a poesia e a cantoria, mas tinha aversão pelo companheiro de provador de Clara, um cachorro dinamarquês de duzentos euros. Este animal pesado ocupava todo o pequeno provador, tumultuando e deixando os costureiros assustados. E quando se espalhava pelos pés de sua dona, invariavelmente pegava o mais caro acessório de prata ou pano dourado (...).
Mas de qualquer maneira, apesar dos exercícios vocais da atriz, o guarda-roupa de Bow estava pronto e Banton esperava ansiosamente pela nova sessão de fotos.



Metrópolis (Fritz Lang, 1927) – A quintessência do expressionismo alemão, “Metrópolis”, de Fritz Lang, é considerado um dos mais importantes e influentes filmes já produzidos em toda a história: a espetacular ficção científica percorre o universo distópico da fictícia cidade de Metrópolis, no ano de 2026. Os operários em regime de escravidão na Cidade dos Trabalhadores vivem sob o domínio dos ricos capitalistas. A cidade é governada por Joh Fredersen (Alfred Abel), cujo filho, Freder (Gustav Fröhlic) desfruta das delícias da vida no Jardim dos Prazeres. Um dia, Freder conhece Maria (Brigitte Helm), líder espiritual dos operários, que prega o amor e a não-violência, e profetiza a vinda de um mediador que será o Salvador da humanidade. Encantado por Maria, Freder vai pela primeira vez a Cidade dos Trabalhadores, e desperta para a realidade do contraste social existente na cidade governada por seu pai. Paralelamente, o cientista Rotwang conclui sua mais recente invenção: um robô feito à imagem e semelhança do homem que, no futuro, tomará o lugar dos operários como força de trabalho vigente.
O filme utiliza efeitos especiais inéditos, que permanecem inovadores até atualmente. O maquiador Mittendorf foi também responsável por alguns dos figurinos e montagens cênicas. As figuras dos Sete Pecados Capitais são representadas por atores em máscaras confeccionadas em material de madeira maleável. O mesmo material foi utilizado na confecção do robô, interpretado por Brigitte Helm: o traje, semelhante a uma armadura de cavaleiro medieval, foi bastante desconfortável para Helm, que precisou ser capaz de movimentar-se dentro dele. Os figurinos principais são de autoria de Aenne Wilkomm.
O legado de “Metrópolis” e seu impacto sobre a cultura popular pode ser visto ainda nos dias de hoje: no cinema, o filme exerce influência definitiva sobre os cineastas da ficção científica, como Ridley Scott, de “Blade Runner” (1982) e Luc Besson de “O Quinto Elemento” (1997). Na moda e música, Madonna inspirou-se em “Metrópolis” para o videoclipe de “Express Yourself” (1989) e Lady Gaga também trouxe elementos da obra expressionista para suas performances. A roupagem futurista do filme inspirou, ainda, o glamour ‘gótico industrial’ de estilistas como Tom Ford, Ricardo Tisci e Donatella Versace. Em 2010, Karl Lagerfeld fotografou o editorial da Vogue alemã “Return of Metropolis”, estrelando os modelos Toni Garrn e Baptiste Giacobini.




Sadie Thompson (Raoul Walsh, 1928) – Presente na lista dos dez melhores filmes norte-americanos de 1928, e uma das mais aclamadas performances de Gloria Swanson, o drama “Sadie Thompson” (no Brasil, “Sedução do Pecado”) narra a controvérsia história da personagem-título (Swanson), uma jovem prostituta que deixa sua cidade-natal, São Francisco, e parte para a ilha de Tutuila, na Samoa Americana, no intuito de conseguir um emprego e esquecer o passado. Lá, ela desperta a atenção dos homens, e apaixona-se pelo Sargento Tim O’Hara (Raoul Walsh), disposto a construir uma nova vida ao seu lado. Sadie, no entanto, tem de dividir o hotel com um grupo de cristãos moralistas, que buscam converter os povos nativos da ilha. Um dos pregadores, Davidson (Lionel Barrymore), é sabido do passado de Sadie e passa a persegui-la, e não cessará enquanto a jovem não redimir-se de seus pecados e aceitar a Cristo. Ele, porém, não resiste aos seus encantos.
O filme foi baseado na novela “Rain”, de W. Somerset Maugham. Apesar de controversa, a película conquistou grande sucesso comercial, de público e crítica, e rendeu a Gloria Swanson uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz na primeira cerimônia da premiação, ocorrida em 1929. Após ela, outras atrizes interpretaram Sadie Thompson em diferentes adaptações, dentre elas, Joan Crawford, em 1932, Francine Everett, em 1946, e Rita Hayworth, em 1953.
Sadie Thompson não é uma dama: fuma e bebe; a extravagância de seus grandes olhos verdes, andar desleixado, cabelos longos, e figurinos de golas camponesas, peles e chapéus de plumas, complementados por acessórios como franjas e contas peroladas, traduzem o temperamento cigano da personagem. 



Brasa Dormida (Humberto Mauro, 1928) – Um dos mais importantes filmes do cinema mudo brasileiro, “Brasa Dormida”, do cineasta mineiro Humberto Mauro, narra a história do jovem Luís Soares (Luis Sorôa), enviado ao Rio de Janeiro pelo pai, para estudar. Porém, ao invés disto, torna-se vadio, e gasta todo seu dinheiro em diversões, o que o impele a procurar emprego para garantir a própria subsistência. O jovem torna-se empregado em uma usina de açúcar e, lá, apaixona-se perdidamente pela filha do industrial, Anita (Nita Ney), e pretendem casar-se. Todavia, o pai de Anita é contra a união. Luís Soares embarcará em aventuras para fazer sobreviver o seu amor.
Como os demais filmes de Humberto Mauro, “Brasa Dormida” possui leves toques de erotismo, e utiliza cenários naturais para compor a narrativa clássica mesclada ao cinema de aventura. Essencial para quem deseja compreender a influência do pensamento nacionalista modernista no comportamento, moda, sociedade e produções artísticas do Brasil de 1920.



Our Dancing Daughters (Harry Beaumont, 1928) – “Our Dancing Daughters” (traduzido no Brasil como “Garotas Modernas”), de 1928, transformou Joan Crawford em estrela irrefutável, e é considerado pela crítica especializada como um de seus melhores trabalhos no cinema. Em “Our Dancing Daughters”, Crawford é Diana Medford, uma flapper tida como ‘perigosa’, mas que é, na verdade, uma jovem idealista e virtuosa, o oposto de sua amiga Ann (Anita Page) que escolhe homens pelo dinheiro. Diana e Ann secretamente disputam o amor do milionário Ben Blaine (John Mack Brown).
Poucos filmes retrataram o ‘zeitgeist’ (espírito do tempo) da juventude dos ‘anos loucos’ e sua ‘perda de valores’ de maneira tão precisa. Joan Crawford tornou-se a epítome da flapper, como escreveu F. Scott Fitzgerald: “Joan Crawford é sem dúvida o melhor exemplo da flapper, a garota que você vê em elegantes boates, vestida sofisticadamente, brincando com copos gelados em uma expressão distante e ligeiramente amarga, dançando deliciosamente, rindo, com olhos grandes, magoados. Coisas jovens com um talento de viver.”
O design de figurino é creditado a David Cox. Cox viveu o ponto-auge de sua carreira em “Our Dancing Daughters”: os vestidos adornados de franjas, lanteloujas, pérolas e cequins, estolas de pele e grandes colares, são a mais genuína expressão do glamour da Art-Déco. Em tempos de emancipação feminina, “Our Dancing Daughters” causou frisson ao exibir nas telas as estrelas Joan Crawford, Anita Page e Dorothy Sebastian vestidas em trajes masculinos – coletes, camisas e calças -, que influenciariam as mulheres a experimentarem as inúmeras possibilidades de seus guarda-roupas. Mais tarde, esta androginia seria glorificada por Marlene Dietrich em “Morocco” (1930), Katharine Hepburn em “A Mulher do Dia” (1942), e Diane Keaton em “Annie Hall” (1977). 

  

A Caixa de Pandora (G.W. Pabst, 1929) – Obra-prima do expressionismo alemão, “A Caixa de Pandora” consagraria para sempre Louise Brooks como estrela imortal. Brooks interpreta seu alter-ego, Lulu, mulher imoral, porém ingênua e inconsciente de seu poder de sedução, que leva homens e mulheres a desejos delirantes. O roteiro foi baseado na peça homônima do dramaturgo e romancista expressionista alemão Frank Wedekind, porém acredita-se que as trágicas experiências amorosas de Brooks tenham servido de inspiração para o enredo.
O legado cultural de “A Caixa de Pandora” é verdadeiramente inegável: considerado um dos primeiros filmes a aludir explicitamente à homossexualidade, suas inovadoras construções cenográficas e contraste entre luz e sombra forneceriam as bases para o cinema noir, proeminente na década de 1940. Cineastas como Hitchcock, Michael Curtiz e Billy Wilder declararam ter G.W. Pabst como um de seus principais mestres na arte cinematográfica.
Após a exibição nos cinemas, inúmeras moças ao redor do mundo aderiram ao icônico corte chanel de Louise Brooks, que tornou-se marca registrada da atriz e símbolo de uma época. O guarda-roupa de Lulu, embora creditado ao diretor de arte Gottleib Hesch, é de autoria do costureiro e estilista francês Jean Patou. Patou, ao lado de Coco Chanel, é considerado pioneiro da moda moderna, e contribuiu significativamente para o desenvolvimento do sportswear: é lembrado por ser o autor dos trajes da esportista Suzanne Lenglen; é dele a criação do traje de banho de malha e do vestido para a prática de tênis. Patou, também, popularizou o cardigã, e contribuiu para que a moda se tornasse mais confortável e “real”.
Os dramáticos modelos de Lulu em “A Caixa de Pandora” tornaram-se hits da década de 1930. Anos mais tarde, Edith Head, a mais premiada figurinista de Hollywood, teria os vestidos de Lulu como inspiração para a criação dos figurinos de Grace Kelly em “A Janela Indiscreta”, e a Prada também se lembraria deles ao vestir Uma Thurman no Oscar de 1995. Em 2010, Melina, personagem da atriz Mayana Moura na novela global “Passione”, e outras celebridades como Katie Holmes e Linda Evangelista, trariam novamente a moda o corte chanel de Lulu.



Coquete (Sam Taylor, 1929) – Em sua estreia no cinema falado, a “queridinha da América”, Mary Pickford, interpreta a sensual e incorrigível Norma Besant no drama “Coquete”: a jovem Norma (Pickford) possui muitos pretendentes, porém somente o singelo Michael Jeffrey (Johnny Mack Brown) faz seu coração balançar. Os dois planejam o futuro, mas o pai de Norma desaprova a união, e um crime poderá arruinar suas vidas.
Mary Pickford, grande estrela do cinema desde a década de 1910, fez fama por seus longos cachos dourados e por suas interpretações de personagens infantis – filmes que são, em sua maior parte, adaptações de clássicos infanto-juvenis da literatura, como “A Princesinha” (1917), “Rebecca of Sunnybrook Farm” (1917), “Pollyanna” (1920) e “O Pequeno Lorde” (1921). Em 1923, a atriz busca desvencilhar-se da imagem de garotinha, e interpreta papéis adultos no cinema. Em seguida a morte de sua mãe, Mary Pickford cortou os cabelos, causando repudio aos fãs.
“Coquete” foi sucesso de público e crítica, e rendeu a Pickford o Oscar de Melhor Atriz em 1930 (sendo ela uma das fundadoras do Prêmio da Academia). Os figurinos de “Coquete” são de autoria de Howard Greer, costureiro americano que vestiu importantes atrizes, como Theda Bara, Rita Hayworth, Greta Garbo e Shirley Temple.

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6 comentários

  1. Muito amor por essa lista! <3 <3 <3
    Os figurinos em Salomé são muito incríveis! It é moderno até demais, continua fresco e adorável mesmo em 2015. A Caixa de Pandora é inspirador (tem até uma referência de moda no meu livro), e o visual de Braza Dormida é de tirar o fôlego (embora o roteiro seja um pouco mais fraco). Confesso que não prestei tanta atenção às roupas em A Carne e o Diabo porque estava ocupada demais com a química maravilhosa de Garbo e Gilbert - dava para sentir as chamas do amor! hahaha
    Beijos!

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    1. Salomé é o meu favorito - tenho uma queda por atuações performáticas, e os figurinos da (deusa) Natacha são dramáticos como a narrativa. A Caixa de Pandora também é minha grande paixão, e It, como você mesma disse, é adorável! O roteiro de Brasa Dormida é fraco, mas convenhamos, Humberto Mauro sabia trabalhar tudo de maneira muito poética. Garbo e Gilbert, deuses absolutos, não há nada em A Carne e o Diabo que não seja perfeito!

      Muito obrigada pela visita, Lê!

      Beijos!

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  2. Tanta coisa boa, queria uma semana em casa só para assistir todos os filmes que estão na minha lista hehe

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    1. Espero que você encontre tempo para ver todos, Daise, sempre vale a pena! <3

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  3. Nunca vi esse Salomé,a única versão que eu assisti foi uma com a Rita Hayworth, mas esse daí parece ser maravilhoso e ter figurinos incríveis.Vou procurar para ver depois.

    E o Expressionismo Alemão é amor! Metrópolis é um filme incrível e o mais engraçado é ver que relativamente já estamos próximos de 2026 rs.

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    1. Existem inúmeras versões de Salomé, tenho certeza de que você amará todas, Gabi! Sim, já estamos próximos da terceira década do milênio, 2026 logo chega, e Metrópolis continua sendo impressionantemente atual.

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Criado em 2010 por Rafaella Britto, o blog Império Retrô aborda a influência do passado sobre o presente, explorando os diálogos entre arte, moda e comportamento.


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