Carmen Santos em "Sangue Mineiro" (Humberto Mauro, 1929) - (Foto: Reprodução) |
Ao longo da história, a América Latina buscou traduzir suas dores e belezas nas diversas manifestações artísticas. Desde os primeiros cinematógrafos até a consolidação da indústria do cinema no continente, os latinos despontam como polêmicos e vanguardistas: precursores como P.P. Jambrina, na Colômbia, e Humberto Mauro, no Brasil, almejavam, em seus filmes, a construção de uma identidade nacional. Para além da plenitude artística, os filmes listados a seguir são importantes registros históricos, pois oferecem-nos retratos contrastantes que produzem novos olhares sobre a América do Sul. Parte destas obras permaneceu perdida por até oito décadas, e, posteriormente, foi restaurada e reexibida. Confira 11 importantes películas do cinema mudo latino, disponíveis no YouTube.
Brasa Dormida – (Humberto Mauro, 1928) - Considerado “o pai do cinema nacional”, o cineasta mineiro Humberto Mauro, figura proeminente no modernismo tupiniquim, empenhou-se em mostrar nas telas o verdadeiro Brasil aos brasileiros, com um cinema folclórico, rural e intimista, de aventura e romance. Em "Brasa Dormida", o jovem Luís Soares (Luís Sorôa) é enviado pelo pai ao Rio de Janeiro para estudar. Porém, em vez disto, torna-se vadio, e gasta todo o seu dinheiro em diversões, como corridas de cavalos, o que o impele a procurar emprego para se sustentar. Ele encontra oportunidade de trabalho em uma usina de açúcar, e apaixona-se pela filha do chefe, Anita (Nita Ney). Mas o que ele não esperava era que o industrial, pai de Anita, pudesse opor-se ferrenhamente a relação de ambos. Luís Soares embarcará em grandes aventuras para fazer sobreviver o seu amor.
El Bolillo Fatal o El Emblema de la Muerte (Luis del Castillo, 1927) - O curta-metragem documental "El Bolillo Fatal o El Emblema de la Muerte", dirigido por Luis del Castillo, registra o fuzilamento de Alfredo Jáuregui, acusado de assassinar em 1917 o presidente boliviano José Manuel Pando. Logo após sua estreia, em 1927, a película foi imediatamente censurada, e não foi vista por 85 anos, até que, em março de 2012, na cidade de La Paz, a família Guerra doou a presente cópia, hoje propriedade da Cinemateca Boliviana. Este foi o último fuzilamento legal da Bolívia.
1 comentários
Antes de mais nada, o Layout está lindo!♥
ResponderExcluirVocê realmente não quer que eu tenha vida social nesse mês, rsrsrsrs. Simplesmente vou ter que ver todos, e tenha certeza que esse post vai estar nos meus favoritos vintages de janeiro! *-*
Esse Wara Wara vai ser o primeiro que eu irei ver.
♥