Foto: Reprodução/Mohammad Quayoumi |
Foto: Reprodução/Mohammad Quayoumi |
Foto: Reprodução/Mohammad Quayoumi |
Foto: Reprodução/Mohammad Quayoumi |
Foto: Reprodução/Mohammad Quayoumi |
Imagens do calendário Ariana Afghan Airlines - 1973 Foto: Reprodução/Waslat |
Imagens do calendário Ariana Afghan Airlines - 1973 Foto: Reprodução/Waslat |
Imagens do calendário Ariana Afghan Airlines - 1973 Foto: Reprodução/Waslat |
Imagens do calendário Ariana Afghan Airlines - 1973 Foto: Reprodução/Waslat |
Homem e mulher afegãos em trajes típicos (1842 e 1879) Foto: Reprodução |
Kandahari doozi, técnica de bordado tradicional no Afeganistão Foto: Reprodução |
Os casacos de pele de cabra tornaram-se a peça must have da moda afegã, gerando grande demanda de exportação mundial, e ganhando representações em publicações como a Vogue. Os casacos de pele afegãos foram reinterpretados por estilistas europeus e norte-americanos, e conquistaram o público da década de 1970.
Vogue Paris - 1969, com referências à moda afegã Foto: Reprodução |
Casacos de pele de cabra afegãos, populares nos anos 1970 Foto: Reprodução |
À esquerda, design da estilista afegã Safia Tarzi; à direita, Safia Tarzi em seu ateliê em Cabul (1969) Foto: Reprodução |
Entre 1997 e 2001, a premiada fotógrafa britânica Harriet Logan visitou o Afeganistão por duas vezes, colhendo relatos de mulheres de diferentes idades, e reunindo-os no livro-reportagem “Mulheres de Cabul”, lançado em 2002. Dentre as entrevistadas, estão Shafika Habibi, apresentadora do Noticiário da Televisão Nacional, por 34 anos a mulher mais famosa do Afeganistão, vista frequentemente em capas de revistas. Habibi foi forçada a deixar o emprego após a subida do Talibã ao poder.
Foto: Reprodução |
Após o fim do regime Talibã, em 2001, fizeram-se notar os primeiros traços de liberdade: em lojas e estabelecimentos, televisores, câmeras de vídeo, fitas cassete, rádios e paredes forradas de pôsteres de artistas de Bollywood passaram a ser novamente vistos. Devido ao sucesso clandestino de “Titanic”, Kate Winslet tornou-se ícone de moda e beleza entre as garotas afegãs. No entanto, decretado o fim do regime opressor, grande parcela das mulheres não queimou suas burcas: pelo contrário, continuaram a trajá-la, por medo do aspecto predatório e lascivo dos homens nas ruas.
Foto: Reprodução/Reuters |
Na atualidade, a juventude desafia os líderes religiosos: a moda masculina vem atingindo seu auge com o advento de roupas modernas e penteados inspirados nos astros pop sul-coreanos. Os preceitos estéticos ocidentais são condenados pela sociedade ultraconservadora como sendo contra a identidade do Islão. É o que mostra esta reportagem da AFP:
Fontes:
- Logan, Harriet – “Mulheres de Cabul” – Ediouro Publicações – Rio de Janeiro - 2002
- Afghanistan Golden Years
- Waslat
- The Polyglot
- O Globo
- Foreign Policy
2 comentários
Incrível como, mesmo após o fim do regime Taleban, as mulheres introjetaram a sacralização da burkha; ainda mais curioso é a observação da apresentadora Shafika Habibi de que sua geração teria excedido aos limites, não percebendo a ruptura cultural que praticava alucinadamente na capital, distanciando-a dos costumes e tradições do resto do pais. Ela parece reconhecer nisto um erro que justificaria o regime ditatorial religioso.
ResponderExcluirExcelente, Rafa!
No transitório da vida, muitas coisas nos estarrecerão. Não sabemos se a vida na terra é no universo o centro do projeto ontológico do Criador. Sabemos de sua transitoriedade. Esta é a receita da felicidade. Tragédias transmudam no pitoresco. Eu penso que o Afeganistão é hoje um país de topografia nivelada. É que ali aconteceu uma das maiores e recentes terraplenagens a fogo, com um espetáculo a um só passo pobre e espetacular no horizonte raso dos humanos: máquinas voadoras despejando artefatos que explodem, matam e ...terraplenam...
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